Há nómadas na cozinha
Nómadas na cozinha, viajamos a cada estação - se a chuva surge, rendemo-nos aos guisados. A escolha recaiu sobre o borrego, confeccionado em lume brando por duas horas, mergulhado num refogado perfumado. Sinceramente, culpamos o aipo.
E os cominhos. E o vinho tinto. A hortelã, salpicada sobre o prato, tem a sua quota parte na responsabilidade.
Casámos o arroz, tingido de amarelo, com as amêndoas, os pinhões, as sultanas, as passas de uva e, por fim, com a acidez de uma maçã verde - não saiu da casca.
À mesa, só restou o amor.
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